Caro professor Jânio...
Uma simples pena em sua mão torna-se um poderoso instrumento de defesa do oprimido.
O mesmo instrumento destoa em outras mãos, que pena, a tinta não seca, mas, produz borrões, não cumpre seu papel de escritora da verdade.
QUE PENA!
Lamento o brilhantismo empregado em favor da opressão, do silêncio, da angústia do desvalido.
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.
(Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86).
Este pensamento do mestre ecoa para a eternidade, isto porque se vê a nulidade correr a galope;
Ecoa para a eternidade porque a desonra tomou o lugar da honra, os homens são reféns de seu egoísmo;
Ecoa para a etern idade porque se agigantam os poderes nas mãos dos maus.
Mas, não ecoa para a eternidade o desânimo da virtude.
A virtude é algo in nato do ser humano, é parte da imago dei (imagem de Deus), não some, não se apaga, mesmo prosperando todas as mazelas sociais juntas.
Mas, ecoa para eternidade o rir-se da honra, isto porque temos lampejos de fraqueza e não o podemos negar.
Mas, confesso: também ecoa para a eternidade a vergonha de ser honesto.
Será que caio em contradição de termos? Não sei, mas, tenho vergonha, às vezes, por ver todas as forças que deveriam trabalhar para o bem do ser humano, agora, trabalharem para o mal.
A inteligência reverbera sorrateiramente o desrespeito à sociedade.
Volto a dizer: a mesma pena, a mesma tinta, a mesma graça do conhecimento, tudo isto é aplicado para o mal.
Por que será?
Será que ao defender determinadas situações não estou trabalhando pro domu sua?
(defesa em causa própria).
Não sei. Sou bobo. Não delineio com a mesma horizontalidade que outros o fazem. Sou incompetente, não sei usar a graça de Deus para ver prosperar o mal (no uso da sabedoria e do conhecimento).
Fico por aqui, lembrando-me do mestre Ruy Barbosa. E lembrando-me dele, fico pensando: será que Ruy Barbosa estava vislumbrando os dias hodiernos? Não sei! Não ouvi falar que o mestre Ruy era clarividente.
Mas, espero, alimento a esperança de ver prosperar o bem comum, aliás, todo cristão vive de esperança. Um dia vou ver prosperar a bondade e isto não é utopia.
Rev. Oziel Galvão
Fonte da foto do Pastor Oziel:
http://www.bloginterligado.com.br/2010/05/manifesto-do-conselheiro-rev-oziel-da.html
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