Esse é o sentimento que expressa a realidade do município de Chapadinha ao final deste carnaval 2010.
Eu estava me preparando para jogar a toalha e me render à constatação de que este seria o melhor carnaval de todos os tempos em nosso município, e estava sendo, até que, no último minuto do segundo tempo, o jogo se inverte e o artilheiro do time (William Fernandes), que estava dando de goleada, teve sua bola roubada por integrantes de seu próprio time (talvez para brilhar no último segundo) que, habilmente, cometeram um belo (e GRITANTE) gol contra.
Foi isso mesmo que aconteceu!
Tudo estava indo relativamente bem enquanto o secretário de cultura tinha o controle da situação. Contudo, por uma disputa acalorada entre a gestora (e adjacências) e um bloco carnavalesco inteiro, na última meia hora do carnaval 2010, pôs tudo a perder.
O que havia sido construído com muito cuidado e esmero fora colocado à lama com a estupidez de se aumentar os decibéis do palco para aplacar o som do trio elétrico do bloco Cangaia-Agitos.
Qual o motivo para tanta fervorosidade? O que pode ter motivado tal fato, já que o próprio sr. Magno Bacelar era patrocinador do bloco que foi vítima da ação?
Estamos diante de uma violência à ética e à moral chapadinhense, já que o som estrondante do palco e do trio elétrico, juntos, levaram a cidade inteira a um turbilhão sonoro caótico e brutal, excedendo-se, inclusive, o tempo legal para o evento, que seria de até três da madrugada.
Os cidadãos de bem que ali se encontravam, inclusive os que vieram de outras regiões do estado e do país, demonstraram sua indignação pelo barraco gigante que se gerou, comparável apenas à vergonha sofrida por nossa cidade com a derrota assombrosa do time do Chapadinha no ano passado, conhecida mundialmente.
Será início de uma guerra entre blocos, estimulada pela irresponsabilidade e imaturidade de sei lá quem?
Será que tudo isso vai ficar impune?
Coloco aqui a minha indignação pelo ocorrido e ressalto que precisamos de lideranças com prudência, serenidade e equilíbrio para tomar decisões corretas em meio a situações adversas.
O pior que pode acontecer em uma guerra é o fogo amigo.
O pior que pode acontecer em um jogo de vôley é o próprio time errar as jogadas e oferecer pontos ao adversário de maneira gratuita.
Se a situação já estava ruim e o objetivo era melhorar a imagem da gestão municipal o objetivo não fora alcançado e, ainda, conseguiu-se ampliar ainda mais o desgaste da opinião pública em relação à qualificação de algumas de nossas lideranças.
Neste momento não sinto vergonha de ser chapadinhense...
...sinto vergonha, sim, de haver pessoas que não amem Chapadinha... ...de verdade!
por: professor Jânio
Filósofo Chapadinhense