sábado, 5 de fevereiro de 2011

Qual o segredo do sucesso de Lula?

Ao analisar a trajetória de vida de Lula, tanto em seu período sindical, em suas candidaturas a presidente e, finalmente, enquanto presidente, constato uma evolução e um amadurecimento em sua visão política e social.

Aquele espírito imediatista e Maniqueísta que prevalecia em seu discurso inicial foi dando margem a uma visão mais aberta de relações sociais e políticas. 

Por isso, indico que o grande sucesso de Lula advém desses três elementos fundamentais, aos quais fundamentarei com a própria fala de Lula em seu discurso de posse no 1º mandato:

1º: O Diálogo, enquanto expressão da capacidade de comunicação do ser humano.
2º: A Persistência, como expressão da convicção de idéias e firmeza de propósito.
3º: O Realismo, como forma de expressão da paciência e da prudência na implementação de mudanças. 

Veja, agora, trechos do discurso de Lula e que fundamentam os três elementos acima:


"Discurso de posse do presidente LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, no Congresso Nacional

Exmos. Srs. Chefes de Estado e de Governo; senhoras e senhores; visitantes e chefes das missões especiais estrangeiras; Exmo. Sr. Presidente do Congresso Nacional Senador Ramez Tebet; 
(...) 
Diante do esgotamento de um modelo que, em vez de gerar crescimento, produziu estagnação, desemprego e fome; diante do fracasso de uma cultura do individualismo, do egoísmo, da indiferença perante o próximo, da desintegração das famílias e das comunidades.
(...) 
Foi para isso que o povo brasileiro me elegeu Presidente da República: para mudar. Este foi o sentido de cada voto dado a mim e ao meu bravo companheiro José Alencar. E eu estou aqui, neste dia sonhado por tantas gerações de lutadores que vieram antes de nós, para reafirmar os meus compromissos mais profundos e essenciais, para reiterar a todo cidadão e cidadã do meu País o significado de cada palavra dita na campanha, para imprimir à mudança um caráter de intensidade prática, para dizer que chegou a hora de transformar o Brasil naquela nação com a qual a gente sempre sonhou: uma nação soberana, digna, consciente da própria importância no cenário internacional e, ao mesmo tempo, capaz de abrigar, acolher e tratar com justiça todos os seus filhos.


Vamos mudar, sim. Mudar com coragem e cuidado, humildade e ousadia, mudar tendo consciência de que a mudança é um processo gradativo e continuado, não um simples ato de vontade, não um arroubo voluntarista. Mudança por meio do diálogo e da negociação, sem atropelos ou precipitações, para que o resultado seja consistente e duradouro. 
(...) 
Teremos que manter sob controle as nossas muitas e legítimas ansiedades sociais, para que elas possam ser atendidas no ritmo adequado e no momento justo; teremos que pisar na estrada com os olhos abertos e caminhar com os passos pensados, precisos e sólidos, pelo simples motivo de que ninguém pode colher os frutos antes de plantar as árvores. ( Palmas prolongadas .)


Mas começaremos a mudar já, pois como diz a sabedoria popular, uma longa caminhada começa pelos primeiros passos. 
(...) 
É por isso que hoje conclamo: Vamos acabar com a fome em nosso País. Transformemos o fim da fome em uma grande causa nacional, como foram no passado a criação da PETROBRAS e a memorável luta pela redemocratização do País. Essa é uma causa que pode e deve ser de todos, sem distinção de classe, partido, ideologia. Em face do clamor dos que padecem o flagelo da fome, deve prevalecer o imperativo ético de somar forças, capacidades e instrumentos para defender o que é mais sagrado: a dignidade humana.


Para isso, será também imprescindível fazer uma reforma agrária pacífica, organizada e planejada. 
(...) 
Para repor o Brasil no caminho do crescimento, que gere os postos de trabalho tão necessários, carecemos de um autêntico pacto social pelas mudança e de uma aliança que entrelace objetivamente o trabalho e o capital produtivo, geradores da riqueza fundamental da Nação, de modo a que o Brasil supere a estagnação atual e para que o País volte a navegar no mar aberto do desenvolvimento econômico e social. 
(...) 
Cada um de nós brasileiros sabe que o que fizemos até hoje não foi pouco, mas sabe também que podemos fazer muito mais. Quando olho a minha própria vida de retirante nordestino, de menino que vendia amendoim e laranja no cais de Santos, que se tornou torneiro mecânico e líder sindical, que um dia fundou o Partido dos Trabalhadores e acreditou no que estava fazendo, que agora assume o posto de Supremo Mandatário da Nação, vejo e sei, com toda a clareza e com toda a convicção, que nós podemos muito mais. (Palmas.) 
(...) 
Peço a Deus sabedoria para governar, discernimento para julgar, serenidade para administrar, coragem para decidir e um coração do tamanho do Brasil para me sentir unido a cada cidadão e cidadã deste País no dia a dia dos próximos 4 anos.


Viva o povo brasileiro! ( Palmas .)

Fonte: Taquigrafia da Câmara dos Deputado" 
 
 
Faço das palavras de Lula as minhas em relação a Chapadinha-MA. 
 
 
Obrigado!

 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

02 de fevereiro de 2011: 7 (sete anos) sem minha mãe: Maria José Rocha Ayres (Mazé Cocal)

Maria José Rocha Ayres, também conhecida como Mazé Cocal, irmã de João Cocal e filha de José Cocal, como ficaram conhecidos (os três já falecidos), é a minha mãe. 
Hoje, dia 02 de fevereiro de 2011 completam-se sete anos de seu falecimento e sentimos sua presença ainda muito forte em nosso cotidiano, nos espaços, nos costumes familiares, nas lembranças... 

Como é maravilhoso ter a lembrança, a imagem, a saudade...
De todos os seus familiares e pessoas que a amam, nossa singela homenagem. 

Minha mãe!